Ser mochileiro e viajante independente. Loucura ou coragem?

Oiiii,
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Espero que gostem!
Hoje estive separando roupas, revisando a mochila e o que devo ou não levar na viagem.
Que complicado é saber o que levar para uma viagem tão longa e passando por diversas estações. A primeira coisa que decidi é levar apenas roupas para o inverno e que sirvam depois para serem usadas na primavera e conforme for esquentando vou comprando. 
Limpei o canivete suíço. Verifiquei a bota e se separei umas poucas calcinhas para levar, estou tendo a maior dificuldade com as meias. Adoro meias. As minhas são coloridas, lindas e quero levar todas, mas não posso. Então o que fazer? Simples. Arrumei 90% delas e a cada dia vou retirando uma até ficar com as que mais gosto. Boa ideia essa não?
Depois entrei no meu facebook e eu tinha recebido um link muito legal do vídeo: “El Síndrome del eterno viajero”. O que dizer depois de ver esse vídeo exatamente no momento em que estou me preparando para mais uma viagem e lutando para fechar a mochila?
Identifiquei-me com tudo o que ouvi e me lembrei de tantos textos que tenho lido tentando definir nós, os viajantes independentes, que acabam tornando-se um mochileiro de alma e coração. É uma tarefa árdua definir este tipo de viajante. Muitos viajam de pouco em pouco, mas, muitas vezes. Outros começam uma longa viagem que pode durar anos, 1, 3, 5, 8 anos viajando. Porém, todos em algum momento fazem uma viagem mais longa, de pelo menos 3 meses. Parece muito? É, parece, mas quando você decide viajar pelo mundo e abre o mapa-mundi descobre que tem tanto para ver, fazer e conhecer que o tempo torna-se pouco.
Tenho lido comentários sobre o assunto e fico triste ao perceber a quantidade de pessoas preconceituosas e ignorantes. Isso mesmo. Ignorantes! Primeiro dizem que quem faz este tipo de viagem é porque tem dinheiro ou uma família rica que o banca. Outros dizem que os relatos são mentiras, que não acreditam que determinadas situações aconteceram realmente. Outros elogiam a coragem e que gostariam de um dia fazer algo assim. Outros que apenas pessoas loucas fazem isso, pois não é normal deixar o emprego, família e amigos simplesmente para se aventurar pelo mundo.
A grande questão é: o que é ser normal? o que é felicidade? o que você quer da sua vida? Percebeu que essas perguntas são pessoais? A mesma coisa acontece quando alguém vai viajar. Cada um tem um estilo de viagem. Uns gostam de visitar todos os museus, outros nem chegam perto, querem fazer compras, outros tirar muitas fotos, outros conhecer mais profundamente, outros querem luxo, outros se importam com as experiências que vai ter independente de onde estiver dormindo.
E para mim, o que significa ser uma viajante independente, mochileira? Loucura? Não. Acredito que viajar assim é um modo de vida. É ter uma curiosidade acima da média. É ir atrás dos seus desejos. É querer conhecer lugares e pessoas, mas também deixar que eles nos conheçam. É uma troca. Um intercâmbio. É esperar por todos os momentos que acontecerão, mesmo sem ter a mínima ideia de quais momentos serão estes. É ser uma pessoa flexível, mais tolerante, porém ter pulso firme, ser responsável, paciente, é não ter problema para usar o sim ou o não, e estar aberto para tudo e todos. Uma expressão que tem sido muito usada entre este tipo de viajante é: “Open your mind”. Isso é importantíssimo e na minha opinião é o que diferencia este viajante dos demais. Ele/a está aberto/a a todos os tipos de pessoas independentemente da sua cor, cultura, opção sexual, religião, alimentação, etc.. O preconceito aos poucos vai caindo. De camada em camada esse viajante torna-se apenas um ser curioso e chega a conclusão de que todos, cada um ao seu modo, somos normais e um pouco loucos.
 
Até o próximo post.

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